A Biblioteca Pública da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, com mais de 4000 volumes de literatura, arte, filosofia, história, ciência, livros infantis e juvenis, etc. e algumas centenas de publicações periódicas pode ser consultada durante as horas de abertura. Também a Mediateca, que se encontra em formação, pode já ser consultada e verem-se filmes no local ou levá-los para casa, emprestados. Ver Catálogo da Biblioteca Pública e Mediateca. Ver mais informações.
Mediante marcação:
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
O Centro de Documentação, constituído pelo arquivo Mário Dionísio e pela sua biblioteca e de Maria Letícia Clemente da Silva (mais de 6000 volumes e mais de 200 publicações periódicas) pode ser consultado mediante marcação. Ver Catálogo da Biblioteca do Centro de Documentação.
Programação:
Ciclo
Visita à oficina - os fazeres das artes
Num capítulo do ensaio A Paleta e o Mundo, Mário Dionísio propõe uma "visita à oficina" para tentar compreender como se faz verdadeiramente a arte, com que materiais e ferramentas se tece, se molda, se esculpe, se pinta. Seja com barro, com som, com palavras ou com pigmentos, as artes tomam caminhos diferentes nas formas como revelam, compreendem e transformam o mundo. Neste ciclo vamos perguntar às artes como são os seus trabalhos "interiores", as suas oficinas, os seus fazeres. Como e onde nascem elas até chegarem às formas e aos objectos que nos tocam e interrogam?
A Casa da Achada – Centro Mário Dionísio inaugura uma nova exposição, 70 anos depois da 2ª Exposição Geral de Artes Plásticas (EGAP), famosa por ter sido «visitada» pela PIDE que apreendeu 12 quadros (um dos quais de Mário Dionísio) porque considerados «anti-nacionais» e subversivos.
As EGAPs têm uma importância fulcral (e nem sempre reconhecida) na história da luta contra o fascismo em Portugal; foram exposições de artistas portugueses unidos num compromisso político e não estético: os participantes nas EGAPs comprometiam-se a não mais colaborar com as exposições organizadas pelo regime.
Esta exposição quer lembrar este acontecimento marcante na história da resistência ao fascismo mostrando alguns dos quadros que foram apreendidos, acompanhados com fotos e documentos existentes no Centro de Documentação do Centro Mário Dionísio.
Uma hora semanal de leitura colectiva de textos de Mário Dionísio relacionados com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, com paragens para comentários e projecção de imagens: Encontros em Paris (entrevistas feitas por Mário Dionísio aos artistas Lurçat, Léger, Fougeron, Taslitsky, Pignon, Orazi, Morado e Scliar).
«A Paleta e o Mundo não é uma história, não é um tratado, nem se dirige a especialistas. Quereria ser antes uma longa conversa - porque nunca esqueço que escrever é travar um diálogo constante, uma das várias e mais fecundas maneiras de não estar sozinho. Uma longa conversa com aquelas tantas pessoas, como eu próprio fui, que, vendo na pintura moderna qualquer coisa de chocante cujo porquê se lhes escapa, achariam contudo indigno injuriá-la sem terem feito algum esforço para entendê-la.»
Ciclo de cinema: Os Ofícios do Cinema (e de outras artes)
Os filmes são feitos a várias mãos e obrigam a trabalhar matérias diferentes, como o som, a luz, a palavra, bem como o movimento dos corpos (de gente, actores ou não actores), até à mesa de montagem. São muito diversos os lugares, as pessoas, os materiais e as técnicas que fazem o cinema. Propomos, entre Abril e Junho, um ciclo para ver e pensar os ofícios do cinema, uma arte de muitos fazeres diferentes até chegar à sua forma final - o filme. Ao mesmo tempo, passaremos pelos trabalhos de algumas outras artes, como a gravura, a pintura, o teatro ou a música.
Começamos pela descoberta livre da Biblioteca Pública da Casa da Achada e cada um escolhe um livro para levar para casa. Desse livro, cada um escolhe um excerto. A partir daí, em cada domingo, tudo pode acontecer com os livros e os leitores.
Quem gosta de ler, falar sobre livros, trocar ideias, ou por exemplo sente que precisa muito de reatar a sua vida com a leitura pode vir experimentar este primeiro encontro de Leitores Achados, incentivado pela Biblioteca Pública da Casa da Achada.
Sábado 21 de Abril às 16h - Inauguração da exp. O Donna
Donna - lançamento do documentário Conheces esta terra?
Segunda 23 de Abril às 18h30 - visita guiada à exposição
Quarta 25 de Abril às 18h - 25 de Abril - 25 Aprile - exp.
Ângelo Teixeira - Canta o Coro
Domingo 29 de Abril às 16h - Documentário Nós Operárias da Sogantalmais informação
25 de Abril / 25 Aprile O 25 de Abril em Portugal e o 25 de Abril em Itália
25 de Abril em Itália também é feriado. Foi em 1945, como em Portugal em 1974, o princípio do fim de uma ditadura e de uma guerra. Em Itália, a Segunda Guerra Mundial. Juntar portugueses e italianos e contar como foi contraria o esquecimento e faz pensar.
Inauguração da exposição de fotografia O donna donna (Ó mulher mulher), de Giuseppe Morandi, e lançamento de um DVD com o documentário de Peter Kammerer e Hans Goetze Oxenius Conheces esta terra?, de 1977, sobre a intervenção de associações urbanas e campesinas no norte de Itália: as suas práticas, as suas ideias, as suas canções nos finais dos anos 70 do século XX, na altura em que em Portugal se estava a sair do «PREC». Uma ideia diferente de Veneza e da Planície do Pó para quem as vê apenas como destinos turísticos. A projecção será seguida de conversa sobre o filme e as questões que põe: o papel das associações, os instrumentos de intervenção, o conceito de cultura, o que vem a ser «mudar o mundo», o que mudou e não mudou em 40 anos.
Com a presença de elementos da Lega di Cultura de Piadena (uma das associações que é tratada no filme) - Gianfranco Azzali (Micio) e Giuseppe Morandi, fotógrafo e autor da exposição de fotografia, Paolo Barbaro, da Universidade de Parma e organizador da exposição, Peter Kammerer, professor de sociologia em Urbino e um dos autores do documentário.
A quem quiser contribuir para que a Casa da Achada-Centro Mário Dionísio
continue a existir
A entrada é gratuita em tudo o que a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio faz. Não por riqueza ou por mania. Mas porque decorre da própria ideia que Mário Dionísio tinha da cultura. E nós, vários anos depois, também.
As excepções são as edições, é claro. Que os Sócios Fundadores e Amigos da Casa da Achada podem comprar abaixo do preço do mercado.
Os tempos vão maus e os apoios institucionais também.
Por isso, agora dizemos a toda a gente que toda a gente pode fazer um donativo, se assim o entender.
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