A Biblioteca Pública da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, com mais de 4000 volumes de literatura, arte, filosofia, história, ciência, livros infantis e juvenis, etc. e algumas centenas de publicações periódicas pode ser consultada durante as horas de abertura. Também a Mediateca, que se encontra em formação, pode já ser consultada e verem-se filmes no local ou levá-los para casa, emprestados. Ver Catálogo da Biblioteca Pública e Mediateca. Ver mais informações.
Mediante marcação:
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
O Centro de Documentação, constituído pelo arquivo Mário Dionísio e pela sua biblioteca e de Maria Letícia Clemente da Silva (mais de 6000 volumes e mais de 200 publicações periódicas) pode ser consultado mediante marcação. Ver Catálogo da Biblioteca do Centro de Documentação.
Programação:
Ciclo
Visita à oficina - os fazeres das artes
Num capítulo do ensaio A Paleta e o Mundo, Mário Dionísio propõe uma "visita à oficina" para tentar compreender como se faz verdadeiramente a arte, com que materiais e ferramentas se tece, se molda, se esculpe, se pinta. Seja com barro, com som, com palavras ou com pigmentos, as artes tomam caminhos diferentes nas formas como revelam, compreendem e transformam o mundo. Neste ciclo vamos perguntar às artes como são os seus trabalhos "interiores", as suas oficinas, os seus fazeres. Como e onde nascem elas até chegarem às formas e aos objectos que nos tocam e interrogam?
Uma hora semanal de leitura colectiva de textos de Mário Dionísio relacionados com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, com paragens para comentários e projecção de imagens: Encontros em Paris (entrevistas feitas por Mário Dionísio aos artistas Lurçat, Léger, Fougeron, Taslitsky, Pignon, Orazi, Morado e Scliar).
«A Paleta e o Mundo não é uma história, não é um tratado, nem se dirige a especialistas. Quereria ser antes uma longa conversa - porque nunca esqueço que escrever é travar um diálogo constante, uma das várias e mais fecundas maneiras de não estar sozinho. Uma longa conversa com aquelas tantas pessoas, como eu próprio fui, que, vendo na pintura moderna qualquer coisa de chocante cujo porquê se lhes escapa, achariam contudo indigno injuriá-la sem terem feito algum esforço para entendê-la.»
Ciclo de cinema: Os Ofícios do Cinema (e de outras artes)
Os filmes são feitos a várias mãos e obrigam a trabalhar matérias diferentes, como o som, a luz, a palavra, bem como o movimento dos corpos (de gente, actores ou não actores), até à mesa de montagem. São muito diversos os lugares, as pessoas, os materiais e as técnicas que fazem o cinema. Propomos, entre Abril e Junho, um ciclo para ver e pensar os ofícios do cinema, uma arte de muitos fazeres diferentes até chegar à sua forma final - o filme. Ao mesmo tempo, passaremos pelos trabalhos de algumas outras artes, como a gravura, a pintura, o teatro ou a música.
Começamos pela descoberta livre da Biblioteca Pública da Casa da Achada e cada um escolhe um livro para levar para casa. Desse livro, cada um escolhe um excerto. A partir daí, em cada domingo, tudo pode acontecer com os livros e os leitores.
Qual o papel da técnica nas artes? O que é isso da técnica afinal? Uma limitação? Uma necessidade? Uma libertação? A Casa da Achada propõe uma conversa com artistas de diferentes áreas para debater em conjunto esta questão transversal a todas as artes e, ao mesmo tempo, colocada de forma tão diferente e tão específica em cada uma. Como a vivem, pensam, executam, sentem os artistas?
«A técnica participa das raízes de todos os estilos, é condição inalienável da expressão.»
Mário Dionísio, A Paleta e o Mundo
«A técnica não é uma fria acção exterior de podar, de acrescentar, de mexer culinariamente os elementos É muito mais do que isso. Técnica e emoção interpenetram-se em todos os momentos.»
Mário Dionísio, diário
É mesmo preciso horas e horas de ensaio, de leituras rítmicas e melódicas, treinar os músculos dos dedos e dos braços, a respiração, a voz, para poder tocar um instrumento ou cantar? Será imprescindível aprender a dominar o lápis, os pincéis, os materiais, experimentar, deitar fora e voltar a experimentar, para desenhar, pintar ou esculpir? É mesmo fundamental ensaiar muito, todos os dias, repetir aquecimentos e mil exercícios corporais, para ser bailarino? Será mesmo importante trabalhar muito até dominar as técnicas de voz, da articulação das palavras, da postura do corpo, para poder ser actriz? Exigindo tanto, a técnica limita a criação e tolhe a inspiração, ou, pelo contrário, liberta o artista dos problemas que a sua "matéria-prima" lhe coloca?
Quem gosta de ler, falar sobre livros, trocar ideias, ou por exemplo sente que precisa muito de reatar a sua vida com a leitura pode vir experimentar este primeiro encontro de Leitores Achados, incentivado pela Biblioteca Pública da Casa da Achada.
O problema da mulher nas letras,
por Virginia Woolf e Manuela Porto
leitura da palestra de Manuela Porto «Virginia Woolf e o
problema da mulher nas letras» e uma conversa aberta sobre
o que ouvimos, com a participação de escritoras de hoje.
Foi em Janeiro de 1947 que Manuela Porto proferiu a palestra «Virginia Woolf - o problema da mulher nas letras», durante uma exposição de livros escritos por mulheres organizada pelo Conselho Nacional de Mulheres Portuguesas, logo depois encerrado pela PIDE. Trata-se de uma paráfrase muito pessoal do texto de Virginia Woolf Um quarto que seja seu, onde se discorre sobre os entraves postos às mulheres que querem ser escritoras, da falta de um espaço físico isolado até à falta de independência económica, fazendo pensar, também em geral, quais são as condições para que qualquer um possa escrever ou ser escritor.
Nesta sessão do ciclo «Visita à oficina – os fazeres das artes» faremos a leitura da palestra de Manuela Porto e uma conversa aberta sobre o que ouvimos, com a participação de escritoras de hoje.
Oficinando
Os ofícios nos tempos de hoje:aprendizagens, lugares,
Uma conversa sobre ofícios e oficinas, modos de trabalhar e aprender. Trabalho ou hobby? Onde se fazem os velhos e os novos ofícios? Nas cidades ou fora delas? Em grandes oficinas colectivas, em pequenos lugares, em casa? E porquê, para que trocas, para que usos? Uma conversa com pano para mangas... arregaçadas.
A quem quiser contribuir para que a Casa da Achada-Centro Mário Dionísio
continue a existir
A entrada é gratuita em tudo o que a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio faz. Não por riqueza ou por mania. Mas porque decorre da própria ideia que Mário Dionísio tinha da cultura. E nós, vários anos depois, também.
As excepções são as edições, é claro. Que os Sócios Fundadores e Amigos da Casa da Achada podem comprar abaixo do preço do mercado.
Os tempos vão maus e os apoios institucionais também.
Por isso, agora dizemos a toda a gente que toda a gente pode fazer um donativo, se assim o entender.
Opção 1: Cartão de crédito ou Paypal
Faça o seu donativo online, de forma totalmente segura, usando o seu cartão de crédito ou a sua conta Paypal.
Caso opte por esta forma de pagamento, o Paypal irá reter uma pequena percentagem do valor doado, pelo que se quiser garantir que iremos receber a totalidade do seu donativo, faça uma transferência bancária (abaixo).
Opção 2: Transferência bancária
Transfira para o NIB 0036 0000 9910 5869 2830 8 a quantia que desejar doar.
Sugestão: Assinar este texto, completando com a quantia doada, e enviar para a Casa da Achada.