A Biblioteca Pública da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, com mais de 4000 volumes de literatura, arte, filosofia, história, ciência, livros infantis e juvenis, etc. e algumas centenas de publicações periódicas pode ser consultada durante as horas de abertura. Também a Mediateca, que se encontra em formação, pode já ser consultada e verem-se filmes no local ou levá-los para casa, emprestados. Ver Catálogo da Biblioteca Pública e Mediateca. Ver mais informações.
Mediante marcação:
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
O Centro de Documentação, constituído pelo arquivo Mário Dionísio e pela sua biblioteca e de Maria Letícia Clemente da Silva (mais de 6000 volumes e mais de 200 publicações periódicas) pode ser consultado mediante marcação. Ver Catálogo da Biblioteca do Centro de Documentação.
Em 1987, Mário Dionísio escreveu uma Autobiografia, a pedido das edições O Jornal. É em torno deste pequeno livrinho que propomos o próximo ciclo na Casa da Achada, de Outubro a Dezembro, a encerrar o ano do centenário do nascimento de Mário Dionísio. «1916 havia de carregar-se deste peso todo nos meus ombros, confundindo, para mim, esse ano dos princípios do século com o começo do Mundo».
Voltamos a querer lembrar que foi pintor, escritor, professor, fez crítica de arte e literatura, interveio na pedagogia e na política, deu-se com este e com aquele, paginou jornais, saiu do partido, foi membro de júris, esteve doente, voltamos a querer lembrar que respirava. É para o conjunto da sua vida que queremos olhar. E para a forma de a contar - «contar a nossa vida é impossível».
Em Outubro, inauguramos uma exposição a partir da correspondência de Mário Dionísio. No Congresso Internacional Mário Dionísio, Como uma pedra no silêncio, ouviremos mais de cinquenta intervenções sobre a sua vida e a sua obra. Nos meses seguintes lemos mais de perto aAutobiografia, em conversas com pessoas que vão ver o que lhes diz, ainda hoje, este livro, esta vida e a forma de a contar. «Contar a minha vida. Sempre que me falam nisso, imagino-me sentado num banco de cozinha, com um grosso camisolão, ombros caídos, a olhar por uma janela alta e estreita o que ela deixa ver da floresta».
Continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, da 3ª parte de A Paleta e o Mundo,«Os primeiros pintores malditos», de Mário Dionísio.
«A Paleta e o Mundo não é uma história, não é um tratado, nem se dirige a especialistas. Quereria ser antes uma longa conversa - porque nunca esqueço que escrever é travar um diálogo constante, uma das várias e mais fecundas maneiras de não estar sozinho. Uma longa conversa com aquelas tantas pessoas, como eu próprio fui, que, vendo na pintura moderna qualquer coisa de chocante cujo porquê se lhes escapa, achariam contudo indigno injuriá-la sem terem feito algum esforço para entendê-la.»
Foi lançada no passado dia 30 de Janeiro, no início da sessão «Editar à margem», uma campanha para apoio à reedição d’A Paleta e o Mundo. Esta obra histórica sobre arte e sociedade de uma actualidade surpreendente, ensaio pelo qual Mário Dionísio recebeu o Grande Prémio de Ensaio de 1962, está praticamente esgotada (já só existem para venda alguns dos 5 volumes da 2ª edição de 1973-74) e é nossa vontade conseguir reeditá-la ainda este ano, centenário do nascimento de Mário Dionísio.
Quem quiser dar o seu contributo (no mínimo dois euros) só tem de vir à Casa da Achada e tratar do assunto. Se preferir pagar por transferência bancária (IBAN: PT50 0036 0000 9910 5869 2830 8), deve enviar-nos um email (para casadaachada@centromariodionisio.org) com o seu nome, o comprovativo, e a indicação de que o valor se destina à reedição d’A Paleta e o mundo. Os nomes dos apoiantes figurarão na futura edição.
Neste ciclo de cinema, optámos por seguir o tema da exposição que inauguramos no sábado, 1 de Outubro, onde mostramos uma parte importante da correspondência de Mário Dionísio. Por isso, escolhemos filmes com carteiros, cartas, postáis e trocas de ideias à distância, escritas em papel.
A entrada é livre, todos os filmes em língua estrangeira são legendados, há sempre uma apresentação e espaço para uma conversa.
Domingos 9, 16 e 23 de Outubro de 2016 das 15h30 às 17h30
Não é uma novidade que as pessoas têm, ao longo dos tempos, encontrado maneiras de se representarem a si próprias. Antes da «selfie», já se faziam auto-retratos. Neste ciclo, partimos da Autobiografia de Mário Dionísio, editada em 1987 pel'O Jornal, para pensar nestas auto-representações e, por isso, surgiu a ideia de um conjunto de oficinas de auto-retrato.
A partir dos 6 anos. Número máximo de participantes: 10.
sete setes desvendei
a Casa da Achada está aberta ao público há sete anos
A associação Casa da Achada - Centro Mário Dionísio faz oito anos de existência. E a Casa da Achada está de porta aberta a toda a gente há sete anos. Comemoramos estes sete no dia 1 de Outubro, para uma tarde de convívio e festa: Sete setes desvendei.
Nesse dia, inauguramos uma nova exposição - «Mário Dionísio: Correspondências» -, e propomos uma conversa com associações e colectivos para discutir como sobreviver, participar e intervir na sociedade actual, a pensar num mundo ao contrário.
Também haverá canções pelo coro da Achada e uma leitura colectiva com projecção de imagens. Um novo ciclo - a partir da Autobiografia de Mário Dionísio - começa agora. E ao mesmo tempo comemoramos os sete, sem vergonha. Haverá comes e bebes para não festejar de estômago vazio e podes trazer alguma coisa para ajudar à festa.
"Sete setes desvendei" é um verso de uma canção do Zeca Afonso. Achámos que servia bem para os sete anos de uma associação onde se faz, partilha, edita, expõe, debate, trabalha e questiona, de portas abertas. A pensar que é preciso desvendar muito mais. Venham mais sete!
Encontrámos o livro.
Oferecemos o livro.
Depois de uma primeira leitura, e de um olhar mais demorado, um espaço e uma vontade insinuaram-se.
Um espaço de vozes, sons, luz e escuridão. Uma vontade de dar corpo à noite e aos desejos.
Há cerca de um ano começámos a perguntar e a experimentar como falar estas vozes que se ouvem algures numa noite, como mostrar o que não se pode ver. Vozes que se multiplicaram e que se podem agora ouvir (e ver) na diversidade de cada um.
Como falar em voz alta as vozes baixas que acontecem na escuridão da noite?
Este caminho que tem vindo a ser descoberto e imaginado, ocupa agora um espaço. É para este lugar que o Grupo de Teatro Comunitário da Casa da Achada agora vos convida.
Desta vez acendem velas Andreia Fragoso, Cátia Teixeira, Cristina Didelet, Elsa Santos, F. Pedro Oliveira, Fernando Chainço, Hélder Gomes de Pina, Liliana Cristóvão, Luis Arez, Margarida Louro, Margarida Rodrigues, Maria Pinheiro Abelha, Marta Frade, Paula Trindade, Pedro Silva, Rui Carvalho, Rui Rodrigues, Teresa Jácome e Teresa Ventura. Ambiente Sonoro de Margarida Guia. Kalimbas de madeira construídas por Mestre Vitor Silva e Marco Gonçalves.
Ser livre em pleno salazarismo não era nada fácil: o controlo asfixiante, a censura, havia a PVDE/PIDE e qualquer voz contra era logo calada, reduzida ao silêncio.
Mário Dionísio era um espírito livre, atravessou toda a ditadura, mas conseguiu recortar o seu espaço de liberdade: a escrita, a pintura, o jornalismo e, depois, os cafés, as tertúlias, o empenho político, nunca abdicando do seu «mundo». Com dificuldades, com derrotas, mas nunca se rendeu.
Este passeio quer ser uma (re)descoberta da Lisboa diferente de Mário Dionísio, do MUD e do Diabo, do Grémio Alentejano, do Café Portugal e do Martinho. Locais cheios de histórias e estórias que serão visitados e acompanhados com a leitura de excertos de livros, entrevistas, artigos e poemas do Mário Dionísio, protagonista desta Lisboa Livre.
Passeio orientado por Eupremio Scarpa e com leituras a várias vozes.
Autobiografia e Cinema
Projecção de um filme de Boris Lehman
e Conversa com Boris Lehman, Regina Guimarães e Saguenail
A quem quiser contribuir para que a Casa da Achada-Centro Mário Dionísio
continue a existir
A entrada é gratuita em tudo o que a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio faz. Não por riqueza ou por mania. Mas porque decorre da própria ideia que Mário Dionísio tinha da cultura. E nós, vários anos depois, também.
As excepções são as edições, é claro. Que os Sócios Fundadores e Amigos da Casa da Achada podem comprar abaixo do preço do mercado.
Os tempos vão maus e os apoios institucionais também.
Por isso, agora dizemos a toda a gente que toda a gente pode fazer um donativo, se assim o entender.
Opção 1: Cartão de crédito ou Paypal
Faça o seu donativo online, de forma totalmente segura, usando o seu cartão de crédito ou a sua conta Paypal.
Caso opte por esta forma de pagamento, o Paypal irá reter uma pequena percentagem do valor doado, pelo que se quiser garantir que iremos receber a totalidade do seu donativo, faça uma transferência bancária (abaixo).
Opção 2: Transferência bancária
Transfira para o NIB 0036 0000 9910 5869 2830 8 a quantia que desejar doar.
Sugestão: Assinar este texto, completando com a quantia doada, e enviar para a Casa da Achada.